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GTs remotos: Abradisti passa a ter participantes do Brasil inteiro com a transmissão dos grupos de trabalho

Com participação de especialistas, consultores e executivos de diversas áreas, as reuniões de discussão da Abradisti passam a contar com a participação remota de associados de fora de São Paulo

03/09/2019 07:50:52

Um dos benefícios mais interessantes trazidos pela Abradisti aos seus associados e parceiros é a formação de grupos de discussão de trabalho que, há 10 anos e periodicamente, são promovidos com a presença de consultores, especialistas e associados. A novidade é que, a partir de agora, os GTs são transmitidos em vídeo e audioconferência, proporcionando a participação e o compartilhamento de conhecimentos aprofundados para associados de todo o Brasil. 

Centralizados em três pilares específicos – RH, Fiscal e Tributário e Crédito Corporativo – os grupos atendem ao interesse de todos os associados e permitem a entrada livre de quantas pessoas uma empresa associada achar interessante inscrever. Para aprofundar o assunto, nosso blog conversou com Mariano Gordinho, presidente-executivo da Abradisti.

Leia a entrevista e conheça mais sobre as reuniões, que podem receber os participantes presencial ou remotamente:

Nós já abordamos os Grupos de Trabalho da Abradisti em duas ocasiões anteriores, mas gostaríamos de perguntar, logo de início: agora vocês contam com participações remotas em conferência, certo?

Isso mesmo. Em 2010, não era impossível, mas era bem mais difícil de ser feito – uma videoconferência. A vantagem é que hoje oferecemos, para quem não pode estar presencialmente, os GTs tanto em áudio como em vídeo; estamos trabalhando para que a plataforma seja a mais interativa possível, para que quem esteja remoto possa interagir como se estivesse no local, fisicamente.

E como a programação é divulgada para os associados?

A agenda está sendo divulgada pela Newsletter da Abradisti. Mas o processo de realização de um grupo desses acontece sempre a partir de um convite: nós enviamos uma espécie de “convocação” para todos os afiliados e todas as pessoas do banco de dados da associação que sejam responsáveis por aquela área. Dentro dessa convocação, a pessoa já tem a programação e agenda daquele dia, as quais vão se ajustando à medida em que as reuniões são realizadas. Os próprios integrantes do grupo propõem temas nos encontros, levantando assuntos novos para a agenda.

Por exemplo, o grupo tributário tem alguém que traz uma demanda. Nós estudamos e organizamos a agenda para o próximo encontro, onde levamos todo o conteúdo trabalhado e estudado pelo especialista, para dar ao grupo um retorno e propor, eventualmente, próximos passos para que as empresas participantes analisem. Isso vale para os três grupos, tudo bem interativo, no sentido de que a gente quer que o participante contribua e se proponha a discutir.

E sempre tem um especialista no assunto discutido?

Todos os grupos têm uma agenda contendo diversos assuntos. Seguindo o exemplo do grupo tributário, há sempre a presença de um “coordenador” que estará disponível para mediar a reunião, além de alguém da área jurídica. Quando o assunto exige mais especialistas, temos alguns convidados que falam sobre temas específicos. Além disso, por sugestão do grupo, feedbacks e interações, nós convidamos participantes que não são nem associados ou ligados à Abradisti para fazerem palestras. Isso ocorre nos grupos de crédito e RH, também.

Então podemos considerar que outro ponto de interesse é o contato entre as empresas do mesmo setor?

Isso é muito forte, já que os participantes acabam, todos, fazendo um bom networking. 

Estes grupos e reuniões são extensos, certo?

As reuniões do grupo tributário tendem a ser mais longas, devido à quantidade de assuntos e da profundidade deles: por isso, ele costuma ter uma duração média de quase cinco horas. Eu, na verdade, acho que esse tempo juntos acaba aproximando os participantes do grupo – incluindo os remotos, que apesar de não terem a presença física, conseguem acompanhar todo o conteúdo apresentado. 

Sobre a plataforma para conferências: ela já está definida?

Na verdade, temos uma plataforma que já estamos usando e estamos em processo de homologação. Ela funciona bem, recebemos bons feedbacks dos usuários remotos. Estamos testando uma plataforma mais “democrática”, ou seja, basta que o participante tenha um computador e conexão à internet, e ele terá acesso à nossas conferências. Assim ampliamos a participação. Não exigimos que ele tenha nenhuma estrutura específica ou recurso por parte do associado. 

E no caso de um associado ainda não estar participando, como pode indicar os nomes e e-mails corretos dos colaboradores para cada um dos grupos?

O associado pode enviar um e-mail para um dos nossos endereços de captação, informando os dados e exatamente o que ele gostaria – qual grupo quer entrar. 

E hoje em dia, qual é a frequência de participantes presenciais e remotos?

Uma reunião recente do grupo de crédito, tirando a nossa própria equipe, tínhamos 11 pessoas presencialmente, sendo oito ou nove associados; e outros sete remotos. A adesão tem sido significativa e crescente, considerando que temos 40 associados. 

Sobre as contribuições em si, você acha que o tipo de dúvida trazida pelos participantes são as mesmas entre os remotos e os presenciais? Ou há alguma “regionalidade” nisso?

No geral, como estamos dentro de ambientes específicos, as perguntas costumam ser bastante convergentes. Digamos, por exemplo, que as questões pertinentes à aprovação de crédito no Espírito Santo são muito similares àquelas de Porto Alegre. O que varia, eventualmente, é o perfil do associado. Mas de uma forma geral, as dúvidas e discussões são bem sinérgicas.

O que temos normalmente são situações específicas de região: um associado passando por uma dificuldade específica, por exemplo. Aí, entramos no que falamos anteriormente: nossa equipe pode analisar e trazer, para um próximo encontro, esta questão para o debate.

E se um novo associado entra em um dos grupos, porém a dúvida dele não entrou na pauta, ou já foi sanada em outra reunião, sem ele. Ele pode procurar a Abradisti via e-mail com um questionamento específico? Como ele pode ter essas informações?

Hoje, nós recebemos esse e-mail e encaminhamos para o escritório do especialista correspondente, que faz uma análise do assunto e, se já houver uma resposta, ele mesmo a fornece ao associado. O especialista entra em contato e responde ao questionamento. Isso é até comum no grupo tributário.

Para assuntos mais densos, como os casos de crédito, quem responde às dúvidas dos associados é a seguradora. Ela usa a sua própria estrutura, com os gerentes de conta, a equipe de suporte. Nesse caso, é ela quem tem a interação com o associado.

Já para os grupos de RH, fazemos uma coordenação dentro do próprio grupo. Essas questões, normalmente, são resolvidas pelos próprios participantes com a troca de informações e interação.

Quais os problemas, em todos os ramos, que já foram tratados pelos grupos e que acabaram já sendo solucionados?

São várias e várias coisas, desafios cujas soluções foram encontradas por meio dos grupos. Há também aqueles que possuem uma vida mais longa, cuja solução é mais lenta a aparecer ou que, ainda, não tem algo que resolva formalizado no governo.

Um exemplo disso é a LGPD, que não tem um grupo específico ainda, mas já é discutido dentro dos encontros para que eles [associados] saibam se posicionar quanto ao assunto, considerando a atribuição de cada um. Já fizemos palestras desse assunto nos três grupos: tributário, de crédito e de RH, e mantemos todas as áreas da empresa preparadas para tratar do assunto com muita responsabilidade, pois isso trará várias formas de impacto ao associado.

A empresa que deseja participar, ela pode inscrever quantas pessoas ela desejar e em qualquer grupo que quiser?

Via de regra, as empresas aparecem com uma ou duas pessoas. Já tivemos ocasiões de associados que viessem com mais gente, mas o que nós sempre fazemos é manter uma organização firme, por meio da lista de presença. 

Hoje, temos estes três grupos: Crédito, Tributário e RH. Teremos mais algum?

Sim, estes três grupos já estão bem amadurecidos. Estamos agora começando os trabalhos de montagem de um grupo de compliance, após os testes de homologação da nossa plataforma; e depois disso, também haverá um grupo voltado para fretes. Estamos em processo de materialização destes dois.

Quais as ações feitas pela associação que impactam não só São Paulo, mas também outros estados? 

Periodicamente, o governo pede para que as associações comerciais representativas de um mercado façam uma pesquisa de preços, envolvendo desde a fábrica até o consumo, a fim de calcular um imposto chamado de “substituição tributária”, que incide em praticamente todo produto. Nós da Abradisti fazemos um trabalho em conjunto com diversas outras associações, até de outros mercados, para podermos entregar aos governos um material denso e de qualidade, incluindo pesquisas não só de preço e mercado, mas também de canais.

Isso porque, se respondermos apenas o básico do questionamento, o governo simplesmente vai presumir margens: por exemplo, o governo pode intimar uma fabricante a dizer por quanto ela vende uma impressora específica. A empresa responde que o preço do produto é de, digamos, R$ 100. Depois, o governo vai no varejista e descobre que ele vende o mesmo produto a R$ 300. Com isso, o governo presume R$ 200 de margem de acréscimo entre a fábrica e o varejista e tributa estes R$ 200.

O que fazemos? O produto não vai apenas para o consumidor final, certo? Uma parte destes produtos vai para dentro de empresas, na venda corporativa. O governo não consegue identificar esse tipo de venda, então esse é o nosso trabalho, junto de outras associações: de mostrar ao governo, antes que ele publique a alíquota a ser cobrada em cima de cada produto, um estudo de preços mais detalhado. Estou resumindo o processo: contratamos um instituto de pesquisas para aferir estes dados por duas pesquisas – uma de rua, e uma de banco de dados. Assim, podemos determinar por quanto uma fabricante vende a mesma impressora para o consumidor corporativo e para o consumidor cidadão, pois os preços são diferentes. Assim, o governo deixa de tributar, digamos, 100% de alíquota para cobrar 30%. Isso é um ganho, pois essas variações de margem só são percebidas depois que o governo publica a alíquota, então as empresas nem percebem.

E quanto ao processo de pesquisa de preços, ele também tem abrangência nacional?

Sim, também. A questão das pesquisas de alíquotas é nacional pois, embora ela seja feita em São Paulo, uma vez que a Secretaria da Fazendo divulga as alíquotas, historicamente, todos os outros estados adotam esse número. Então ambos são serviços nacionais que oferecemos aos associados.

E por que, segundo sua recomendação, os associados de fora de São Paulo deveriam participar do grupo de trabalho remotamente?

A principal razão é a de que eles possam estar o mais atualizados possível sobre tudo o vem sendo debatido no âmbito da associação da qual fazem parte. Assim, eles não ficam isolados e se integram ao participarem das reuniões remotamente. Fora isso, não há custos nem impactos diretos no negócio deles, apenas uma disposição de tempo dos seus executivos, a fim de que eles participem do que é praticamente um fórum com seus congêneres. Tudo o que precisa é de uma conexão de internet: em última instância, ele pode participar até mesmo pelo seu smartphone. Basta querer participar.

Se você é associado, não deixe de atualizar a lista de colaboradores das áreas dos grupos. Basta enviar o nome, e-mail e o grupo de interesse de cada colaborador para o e-mail para mkt@abradisti.org.br

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