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Abradisti Diretora executiva da Abradisti

PCYES embala crescimento da Oderço no mercado gamer

Marca de produtos para gamers criada pela distribuidora paranaense ganha terreno no mercado nacional, e passa a responder por boa parte do faturamento da empresa, o que deve levar a Oderço a um crescimento significativo em 2019.

08/05/2019 16:37

Buscar diferenciais competitivos no mercado de informática não é tarefa simples, mas é possível dizer que a Oderço, distribuidora paranaense com sede em Maringá, conseguiu. Com a criação de uma marca própria de produtos customizados para o mercado gamer, a PCYES, a empresa projeta para 2019 um crescimento de até 30%.

Tudo começou em 2014, quando a Oderço, diante da concorrência crescente no setor de informática, passou a importar placas de vídeo customizadas da China, com modificações estéticas que agradassem o público brasileiro. A ideia era “sair do senso comum, aproveitando a possibilidade de personalização oferecida pelos fabricantes na China”, explica Takeo Motoyama, gerente de Marketing da empresa. “Eles produzem o molde e analisam a viabilidade técnica do produto, conforme as especificações dadas pelo nosso engenheiro, procuram os insumos e nos repassam o custo.”

A PCYES é uma marca high-end, com produtos de alto desempenho e qualidade, tickets-médios maiores e público-alvo entusiasta. Produz gabinetes, fontes, coolers, fans, cadeiras gamers e outros periféricos, mas o carro-chefe são as placas de vídeo. É a primeira marca brasileira desses componentes, se valendo de chipsets tanto da NVidia como o da ATI/AMD.

O projeto de engenharia dos produtos é feito por um especialista brasileiro, que estuda os projetos e sugere componentes de melhor qualidade. A montagem por sua vez é toda feita na China, o que reduz os custos. Após a importação, os produtos passam por um cuidadoso controle de qualidade – a cargo de um laboratório financiado pela própria Oderço.

A PCYES responde atualmente por boa parte do faturamento da empresa, e a ideia é aumentar essa fatia, o que tem feito a empresa aumentar o investimento em marketing. Isso inclui a outra marca criada pela Oderço, a Vinik, especialista em multissegmentos – em que estão incluídos produtos como antenas, cabos, instrumentos musicais, equipamentos de som, hardwares, além de periféricos gamer.

Isso, claro, sem deixar outras marcas de lado. “Estamos buscando sempre aliados, marcas que nos dão credibilidade e acreditam na distribuidora”, conta Motoyama, enumerando novas linhas de produtos, algumas com exclusividades, como action figures (as miniaturas de personagens de games e animações).

Para o executivo, o sucesso da PCYES se explica não só pela qualidade e pelos preços atrativos, mas pela confiança do público brasileiro em uma marca nacional. O sucesso é tamanho que a empresa abriu um escritório em Miami, nos EUA, e já iniciou a entrada no mercado americano e latino – incluindo México, Guatemala, Chile, Paraguai e outros.

Impulso

Nada disso seria possível se a Oderço não contasse, desde 2013, com uma decisão favorável da Justiça Federal que permite importar placas de vídeo com imposto de importação zero e de produtos industrializados (IPI) de 2%. Por padrão, a carga tributária incidente sobre estes produtos é de 16% de importação e 15% de IPI, totalizando 31%, o que tornaria atuar nesse segmento uma tarefa quase impossível.

Para Mauricio Mariani Neto, gerente de Importação da Oderço, 90% das dificuldades para atuação no setor de placas de vídeo são tributárias. Sem a classificação da Receita Federal (NCM), conseguida na justiça, não seria viável estar neste mercado.

“Desde 2013 aumentamos muito o faturamento, a empresa cresceu bastante graças ao mercado de placas de vídeo”, conta o executivo. Em 2018, a Oderço importou quase 100 mil placas de vídeo, crescimento expressivo frente as quase 70 mil de 2017 e cerca de 25 mil de 2014. Somente as placas da PCYES foram 81 mil no ano passado.

“Estamos otimistas com relação a nossa marca. Além dos preços acessíveis temos o trabalho de marketing muito bem feito, e uma coisa se une a outra. Com certeza, esse é o nosso grande diferencial”, diz.

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Anônimo Há 3 anos

Quais são as empresas, que realmente fazem a diferença? As brasileiras que importam tudo é mau pagam impostos no país, ou empresas de outros países, com fábricas instaladas no país, gerando emprego e renda para os brasileiros.